quarta-feira, 24 de novembro de 2010

  • Projeto: indica plano, intento, e vem de projetar, que significa lançar-se, precipitar-se. Nesse sentido, o projeto é redação preliminar das intenções da escola.
·       Político: relaciona-se ao sentido de exercer a política, de cuidar do que é público, ter habilidade no trato das relações humanas, bem governar.
  • Pedagógico: refere-se à dimensão da efetivação da finalidade da educação, que é o ato de ensinar e aprender.
          A convivência da escola influencia todos os que participam dela e também os construtores de sua história. Aluno, professor, pedagogo, gestor, funcionário administrativo e de apoio, pais, representantes da comunidade constroem coletivamente a história da instituição.
          O Projeto Político-Pedagógico é um documento fundamental, norteador das ações que formam a identidade da escola. Seus objetivos são:
  • Resgatar a intencionalidade da instituição;
  • Superar a fragmentação do conhecimento e as ações individuais que geram disputas, promovendo a gestão democrática;
  • Fortalecer o grupo para lidar com os conflitos e contradições;
  • Intervir na prática escolar no sentido de discuti-la; analisá-la e modificá-la.
É necessário que o Projeto Político-Pedagógico seja construído por várias mãos, o “retrato da escola”, com seus limites e perspectivas.
Segundo Ferreira (2003) a gestão da educação acontece e se desenvolve em
todos os âmbitos da escola, inclusive e fundamentalmente, na sala de aula.
          O Projeto Político-Pedagógico é visto como o eixo central da organização do trabalho na escola, pois articula os aspectos administrativos, aos aspectos pedagógicos e ao objetivo, assegurando a unidade teórica e metodológica no trabalho didático e pedagógico, a unidade na organização do trabalho escolar e a coerência entre o planejado e o executado nas práticas escolares.
          O Projeto Político-Pedagógico é fundamental para o desenvolvimento de todas as escolas, sendo necessário que a instituição desenvolva o seu com a ajuda de professores, funcionários, diretores, entre outros, pois assim é possível construir perspectivas e organizar o processo de trabalho na escola.
          O PPP da escola tem como princípio a participação da história da instituição e de seus sujeitos, mas é preciso avançar, pois as mudanças ocorrem e a escola precisa de estar pronta.   
          Apesar do termo avaliar possuir inúmeros significados, na expressão "avaliação de softwares educativos", avaliar significa analisar como um software pode ter um uso educacional, como ele pode ajudar o aprendiz a construir seu conhecimento e a modificar sua compreensão de mundo elevando sua capacidade de participar da realidade que está vivendo. Nesta perspectiva, uma avaliação bem criteriosa pode contribuir para apontar para que tipo de proposta pedagógica o software em questão poderá ser melhor aproveitado.
          Além da base pedagógica, um software deverá também ser analisado do ponto de vista técnico, uma vez que estes aspectos orientam para uma adequada utilização.
Do ponto de vista técnico, deverão ser observados os seguintes aspectos : mídias empregadas, qualidade de telas, interface disponíveis, clareza de instruções, compartilhamento em rede local e Internet, compatibilização com outros softwares, hardware e funcionalidade em rede ( importação e exportação de objetos), apresentação auto-executável, recursos hipertexto e hiperlink, disponibilidade de help-desk, manual técnico com linguagem apropriada ao professor - usuário, facilidade de instalação, desinstalação e manuseio, etc.
O uso do computador como ferramenta educacional tem se mostrado útil e proveitoso no processo de ensino-aprendizagem. Contudo, é importante frisar que o software educativo não deve ser tomado como algo que independe da orientação de professores e/ou tutores, dentro de um contexto educacional propício e inovador.
Por exemplo, ao utilizar as teorias construtivista e sócio-interacionista, onde o aluno é convidado a ser sujeito de sua própria aprendizagem, construindo seu conhecimento através de sua relação com o meio, o software educativo não é o centro das atenções. Ele funciona apenas como um instrumento lúdico que catalisa obtenção de conhecimento, refletindo e representando a filosofia cognitiva que o abraça e não deve ser em momento algum algo possa causar dependência pedagógica (José Armando Valente).
Igualmente importante é observar a qualidade dos softwares que têm sido produzidos. É adequado à faixa etária a que se destina? É visualmente aprazível? Proporciona feedback? Quão acessível e/ou navegável ele é? É difícil de ser instalado? Motiva e desperta o aluno para o conhecimento? Todos estes pontos devem ser levados em conta na hora de adquirir ou mesmo usar o software em sala de aula.
Ainda, existem formas de se classificar os softwares através dos níveis de aprendizado que eles proporcionam. Podemos ter softwares seqüenciais (onde o aluno aprende com informações transmitidas de forma seqüencial e repetitiva), relacionais (há interação do aluno com a tecnologia, somente) e criativo (através da utilização da tecnologia, o aluno interage com outras pessoas, que compartilham de objetivos comuns).
Diante dessa nova situação, é importante que o professor possa refletir sobre essa nova realidade, repensar sua prática e construir novas formas de ação que permitam não só lidar, com essa nova realidade, com também construí-la. Para que isso ocorra! O professor tem que ir para o laboratório de informática dar sua aula e não deixar uma terceira pessoa fazer isso por ele. 
Más, para o professor apropriar-se dessa tecnologia, deve-se mobilizar o corpo docente da escola a se preparar para o uso do Laboratório de Informática na sua prática diária de ensino-aprendizagem. Não se trata, portanto, de fazer do professor um especialista em Informática, mas de criar condições para que se aproprie, dentro do processo de construção de sua competência, da utilização gradativa dos referidos recursos informatizados: somente uma tal apropriação da utilização da tecnologia pelos educadores poderá gerar novas possibilidades de sua utilização educacional.
Se um dos objetivos do uso do computador no ensino for o de ser um agente transformador, o professor deve ser capacitado para assumir o papel de facilitador da construção do conhecimento pelo aluno e não um mero transmissor de informações. 
Mas o professor deve ser constantemente estimulado a modificar sua ação pedagógica. Aí entra a figura do coordenador de Informática, que está constantemente sugerindo, incentivando e mobilizando o professor. Não basta haver um laboratório equipado e software à disposição do professor; precisa haver o facilitador que gerencie o processo o pedagógico.
A Informática deve habilitar e dar oportunidade ao aluno de adquirir novos conhecimentos, facilitar o processo ensino/aprendizagem, enfim ser um complemento de conteúdos curriculares visando o desenvolvimento integral do indivíduo.
As profundas e rápidas transformações, em curso no mundo contemporâneo, estão exigindo dos profissionais que atuam na escola, de um modo geral, uma revisão de suas formas de atuação.
As novas maneiras de pensar e de conviver estão sendo elaboradas no mundo das comunicações e da Informática. As relações entre os homens, o trabalho, a própria inteligência dependem, na verdade, da metamorfose incessante de dispositivos informacionais de todos os tipos. Escrita, leitura, visão, audição, criação e aprendizagem são capturados por uma Informática cada vez mais avançada.
Para finalizar, o acesso à Informática deve ser visto como um direito e, portanto, nas escolas públicas e particulares o estudante deve poder usufruir de uma educação que no momento atual inclua, no mínimo, uma‘alfabetização tecnológica’ . Tal alfabetização deve ser vista não como um curso de Informática, mas, sim, como um aprender a ler essa nova mídia. Assim, o computador deve estar inserido em atividades essenciais, tais como aprender a ler, escrever, compreender textos, entender gráficos, contar, desenvolver noções espaciais etc. E , nesse sentido, a Informática na escola passa a ser parte da resposta a questões ligadas à cidadania.”








quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Livro: O computador na sociedade do conhecimento

Resumo capítulo 6: FORMAÇÃO DE PROFESSORES: DIFERENTES ABORDAGENS PEDAGÓGICAS

José Armando Valente
De acordo com o autor a formação de professores na área de informática na educação, vem acontecendo desde 1983, quando foram iniciadas as primeiras experiências de uso do computador nessa área. Ao longo de todo esse tempo a formação dos professores é baseada em diversas necessidade de formação de profissionais qualificados, pelas limitações técnicas e financeiras, pelo nível de conhecimento que os pesquisadores dispõem e pelo interesse desses pesquisadores em elaborar e estudar novas metodologias de formação.
Primeira abordagem- Caracterizada como mentorial utilizada no projeto EDUCOM;
Segunda abordagem- Caracterizada como a massificação da formação, aconteceram nos cursos FORMAR e está acontecendo na capacitação de professores multiplicadores dos Núcleos de Tecnologia Educacional (NTEs);
Terceira abordagem- formação totalmente presencial, acontece nas escolas onde os professores atuam.
Abordagem mentorial:
Quando as propostas para o projeto EDUCOM foram elaboradas em 1983, não existia no Brasil pesquisadores formados na área de Informática na Educação. Os pesquisadores que se interessaram em trabalhar nessa área eram de outras áreas como engenharias, computação ou da área de educação, porém com pouca experiência com informática na educação.
Iniciado em 1984 o projeto que acontecia em 5 estados do país tinho como objetivo produzir programas educativos por meio do computador (PECs ) e a implantação da informática na escola pública, utilizando diversas abordagens, como o uso de PECs e Logo. Inicialmente, o objetivo foi a formação de uma equipe interdisciplinar e, posteriormente, a formação de professores de 1o, 2o e 3o graus, pós-graduação de profissionais das áreas de informática e de educação, realizado por intermédio de cursos com duração variando de 30 a 80 horas. Esse centro de pesquisa teve uma participação importante nos cursos FORMAR, sendo responsável pelas disciplinas sobre produção e avaliação de PECs.
A Abordagem dos Formar I e II
O FORMAR I teve como objetivo principal a formação de professores para implantarem os Centros de Informática na Educação vinculados às Secretarias Estaduais de Educação (CIEd), e o FORMAR II a implantação do Centros na Escolas Técnicas Federais (CIET) ou no ensino superior (CIES). A tentativa era a de disseminar os conhecimentos sobre informática na educação para outros centros, de modo que a pesquisa e as atividades nessa área não ficassem restritas somente aos cinco centros do EDUCOM. Portanto, essa formação pode ser vista como uma ação para atingir um número grande de profissionais de praticamente todos os estados do Brasil . a massificação da informática na educação em diferentes localidades brasileira.
Essa formação foi realizada por intermédio de cursos de especialização lato sensu, mínimo de 360 horas, abrangendo diversos conteúdos da área de informática na educação. O FORMAR I e o FORMAR II apresentaram diversos pontos positivos. Primeiro, propiciaram a preparação de profissionais da educação que não tinham tido contato com o computador e que foram responsáveis pelas atividades nos Centros de Informática na Educação ou nas respectivas instituições de origem. Eles tinham como função a disseminação das atividades de informática na educação e a formação de novos profissionais nessa área.
Embora com vários pontos positivos o projete também contava com varios negativos Entretanto, os cursos apresentaram diversos pontos negativos.
Primeiro- os cursos foram realizados em local distante do local de trabalho e de residência dos participantes. Os professores tiveram que interromper, por dois meses, as atividades docentes e deixar a família. No entanto, a razão do deslocamento do professor para Campinas, naquele momento, foi o fato de não existir, no Brasil, um centro que dispusesse de computadores em número suficiente para atender aos vinte e cinco professores simultaneamente. Para que isso fosse possível, foi necessário contar com a colaboração das fábricas Sharp e Gradiente que produziam os microcomputadores MSX.
Segundo- o curso foi demasiadamente compacto. Com isso, tentou-se minimizar o custo de manutenção do professor ou profissional da secretaria no curso e o tempo que ele deveria se afastar do trabalho e da família. O curso deixou de oferecer o espaço e o tempo necessários para que os participantes assimilassem os diferentes conteúdos e praticassem com alunos as novas ideias apresentadas. Os participantes do curso nunca tiveram a chance de vivenciar o uso dos conhecimentos e técnicas adquiridas e receber orientação quanto à sua performance de educador no ambiente de aprendizado, baseado na informática.
Terceiro- muitos participantes voltaram para o seu local de trabalho e não encontraram as condições necessárias para a implantação da informática na educação. Isso aconteceu tanto por falta de condições físicas (falta do equipamento), quanto por falta de interesse por parte da estrutura educacional. Como os cursos de formação não oferecem condições para os professores aprenderem, efetivamente, a usar o computador com aluno, a esses professores não restam muitas alternativas: eles se acomodam ou abandonam o seu ambiente de trabalho.
Resultado: não alcançamos as mudanças e ainda contribuímos para o fracasso dos cursos de formação de professores.
Diante de todos esse obstáculos os cursos de formação de professores tinham que ser capazes de integrar a informática e as atividades que desenvolvem em sala de aula exigem uma nova abordagem, incorporando aspectos pedagógicos que contribuam para que o professor seja capaz de construir, no seu local de trabalho, as condições necessárias e propícias à mudança da atual prática pedagógica. Esse nova proposta foi materializada no curso de formação, usando a abordagem baseada na construção contextualizada do conhecimento. De acordo com essa proposta, o objetivo da formação não é só propiciar conhecimento sobre informática e sobre os aspectos pedagógicos, mas auxiliar o professor e a administração da escola na construção do processo de implantação da informática na escola.
Diante disso, outras abordagens para auxiliar nessa formação, entre elas
A FORMAÇÃO BASEADA NO CONSTRUCIONISMO CONTEXTUALIZADO
Como já foi discutido anteriormente, o termo Construcionista significa a construção de conhecimento baseada na realização concreta de uma ação que produz um produto palpável (um artigo, um projeto, um objeto) de interesse pessoal de quem produz. Contextualizada, no sentido do produto ser vinculado à realidade da pessoa ou do local onde vai ser produzido e utilizado.
Assim, um curso de formação de professores em informática na educação, embasado na proposta construcionista-contextualizada, significa um curso fortemente baseado no uso do computador, realizado na escola onde esses professores atuam, criando condições para os professores aplicarem os conhecimentos com os seus alunos, como parte do processo de formação. Isso implica em propiciar as condições para o professor agir, refletir e depurar o seu conhecimento em todas as fases pelas quais ele deverá passar na implantação do computador na sua prática de sala de aula: dominar o computador, saber como interagir com um aluno, com a classe como um todo, desenvolver um projeto integrando o computador nos diferentes conteúdos e trabalhar os aspectos organizacionais da escola para que o projeto possa ser viabilizado.
Experiência do LEC na formação de professores a distância
CONCLUSÕES
Cabe à educação formar este profissional. Por essa razão, a educação não pode mais restringir-se ao conjunto de instruções que o professor transmite a um aluno passivo, mas deve enfatizar a construção do conhecimento pelo aluno e o desenvolvimento de novas competências necessárias para sobreviver na sociedade atual.
Neste sentido, a formação do profissional, para atuar nessa nova sociedade, implica em entender a aprendizagem como uma maneira de representar o conhecimento, provocando um redimensionamento dos conceitos já conhecidos e possibilitando a busca e compreensão de novas idéias e valores. Um outro desafio a ser vencido é ir além de ações que privilegiem somente a formação do professor. A implantação da mudança na escola prevê ações com outros segmentos da escola. De certa maneira, estamos adequando currículo, envolvendo administradores.
O Laboratório de Estudos Cognitivos (LEC) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, desenvolveu uma metodologia de formação a distância baseada no apoio continuado à realização de atividades que o professor desenvolve no seu local de trabalho. A primeira experiência, via Internet, foi o Curso de Especialização, denominado .Psicologia do Desenvolvimento Cognitivo Aplicada a Ambientes Informáticos de Aprendizagem., dirigido a vinte educadores responsáveis pelo Programa Nacional de Informática Educativa da Costa Rica. O objetivo foi o de preparar recursos humanos para estabelecer uma metodologia que implicasse, ela própria, na obtenção de novos modelos de prática pedagógica (Axt & Fagundes, 1995). Foi planejado um curso de 360 horas que foram cumpridas ao longo de seis meses, mantendo-se a comunicação via Internet. Os conteúdos deste curso foram distribuídos em quatro blocos: O Desenvolvimento da Inteligência: Conceitos e Princípios Fundamentais; A Construção do Conhecimento e os Mecanismos Cognitivos no Processo de Aprendizagem I; A Construção do Conhecimento e os Mecanismos Cognitivos no Processo de Aprendizagem II; A Metodologia de Intervenção Didático .pedagógica em Situações de Aprendizagem no Ambiente Logo e seus Efeitos. A modalidade interativa e interdisciplinar, pela qual o LEC desenvolveu este trabalho docente, até agora pensada sempre como sendo restrita aos cursos presenciais, constitui-se a principal inovação desse projeto. Na interação com os participantes do curso, o LEC utilizou o método clínico piagetiano de interação e intervenção, adaptado aos ambientes telemáticos de aprendizagem.

Formação Literária do professor: nunca é tarde para gostar de ler!

Todos nós nos sentimos emocionados ao ler um bom romance,excitados ao ler um bom suspense e outros milhões de sentimentos nos são permitidos quando lemos. Essa mesma euforia deve ser passada e construída aos poucos com os alunos e até mesmo com os porfessores que não são adeptos a leitura e acham que o fato de ser graduado já é o suficiente para dar uma boa aula.
O mesmo livro nunca é interpretado pela mesma forma por pessoas diferentes e isso deve ser explorado a todo momento, podendo assim abrir inúmeras discussões sobre vários temas dentro e fora da sala de aula e para isso o professor deve e tem que ser um excelente mediador e para que isso aconteça ess mediador deve ser apaixonado pela leitura e consequentemente pela sua formação, que deve ser constante.
Além disso, a reportagem dá boas dicas para vc se tornar um bom leitor, vale a pena ler.
Síntese da reportagem encontrada no site:
http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formacao-continuada/formacao-literaria-professor-nunca-tarde-gostar-ler-584167.shtml